Em parceria com a Vicunha Têxtil e o instituto Unibes Cultural, estilista busca incentivar e conscientizar pessoas sobre o tema
Em uma sala com máquinas de costura e repleta de retalhos coloridos, a estilista Gabriela Mazepa recebeu participantes para um workshop de UpCycling, que aconteceu na ultima semana no Unibes Cultural. Em parceria com a Vicunha Têxtil, o projeto incentivou os presentes a desenvolverem suas próprias peças a partir de pequenos retalhos de tecidos, introduzindo-os ao conceito do consumo consciente.
Para quem não conhece o termo, UpCycling é o processo de transformar produtos descartados em novos objetos, evitando o desperdício de materiais que ainda têm utilidade, sem a necessidade de produzir novas matérias primas. Muitas vezes, o produto criado acaba se tornando algo ainda mais bonito, valioso ou de maior qualidade do que em sua forma anterior.
Pensando nisso, Gabriela aposta no conceito de reaproveitamento desde 2007, quando realizou um estudo sobre a relação das pessoas com as roupas para criar suas coleções. “Descobri que produzimos mais roupa no mundo do que a capacidade de consumi-las. A cada ano, 13 milhões de toneladas de tecidos vão para o lixo e apenas 13% da produção global é reciclada,” destaca.
Sem excessos
Em parceria com marcas e indústrias têxteis, Gabriela aproveita sobras de tecidos, retalhos ou até mesmo peças com pequenos defeitos para produzir coleções incríveis que são vendidas na marca que leva seu nome. Ela mantém também uma loja online batizada de “Re-Roupa”, onde são vendidas peças de brechó totalmente transformadas pela estilista e por sua equipe. Outro projeto, o coletivo “Roupa Livre” incentiva pessoas a levarem peças antigas a oficinas de UpCycling e saírem de lá com artigos totalmente novos.
A parceria com a Vicunha surgiu há dois anos, com o objetivo inicial de criar uma coleção cápsula a partir de retalhos de índigos e brins dos mais diferentes tipos. “Esse conceito de reaproveitamento está crescendo cada vez mais e empresas como a Vicunha estão se engajando em reutilizar o excesso de sua produção. É a logística reversa”, observa.
Fonte: CDI Comunicação Corporativa - Assessoria de Imprensa | Imagens: Divulgação