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SCMC é causador de um impacto imenso nas empresas do setor

Um grupo de empresários ligados ao movimento Santa Catarina Moda e Cultura (SCMC) recebeu nesta terça-feira (17) o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Rafael Cervone, para discutir demandas do setor. O encontro ocorreu antes do workshop "Como inovar através do desenvolvimento sustentável", promovido pela entidade em Blumenau (SC).

Cervone destacou que Santa Catarina se diferencia do restante do país, basicamente, por dois motivos. O primeiro é o SCMC. "O movimento é causador de um impacto imenso nas empresas do setor. Primeiro porque partiu dos próprios empresários, da vontade deles de compartilhar problemas e soluções. Isso já é absolutamente diferente do restante do Brasil e do mundo, onde a concorrência e a competitividade muitas vezes impedem essa troca. Vocês conseguiram criar aqui algo inédito, único. Quebrar uma barreira antes considerada impossível", comenta. "Antes deste termo começar a se tornar conhecido, vocês conseguiram co-criar".

Cervone diz que não conhece no mundo um grupo com as características do SCMC e acredita que o próprio movimento pode servir como metodologia para que outras regiões também desenvolvam as suas indústrias. "Essa ruptura de paradigmas gerada pelos empresários de Santa Catarina mostra que não é impossível que concorrentes também cooperem através do compartilhamento de soluções e problemas", acrescenta.

A segunda razão pela qual Santa Catarina se diferencia, segundo Cervone, é a ponte construída entre tradição e inovação. "Temos aqui indústrias com mais de 130 anos, mas que entenderam que a maneira de pensar mudou e que precisam se preparar para estes novos tempos. Essa base que a tradição e as experiências já vividas traz é fundamental para, em cima disso, se possa pensar em novas oportunidades. É a experiência do antigo com a ousadia do novo", comenta.

Oportunidades na substituição de importações
Santa Catarina é o segundo maior estado produtor têxtil e de confecção do país e também ocupa esta posição quando o assunto é exportação. "Este é outro diferencial daqui: a cultura exportadora fez com que as indústrias tivessem que se tornar competitivas para o mercado internacional e isso se refletiu também nas práticas para as vendas internas. Retomar essa relação com o comércio exterior é importante neste momento", afirma Cervone.

O executivo destaca ainda que a questão cambial traz outra oportunidade: a substituição das importações de vestuário. "Estudos da Abit mostram que as importações de vestuário caíram 40% em março e 60% em abril. Calculamos que para este ano teremos uma demanda de 300 a 350 mil toneladas de têxteis e mais ou menos 350 milhões de peças de vestuário apenas para atender esta demanda que não virá de fora", afirma. "Isso é algo que não tínhamos até 2015".

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