Com menor custo e risco, as chamadas pop-up stores começam a ganhar adeptos no comércio nacional, aponta o Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae

Em tempos de dificuldades econômicas e desafios de modelos de negócios - especialmente no setor de varejo e confecção - ganha força no país o conceito das pop-up stores, novo conceito de loja no qual marcas comercializam seus produtos em um ponto de venda diferenciado e temporário. O Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae aponta em recente relatório as vantagens deste formato de loja, que dura no máximo seis meses no mesmo local, tem menor custo de operação e que podem ser itinerantes, abrindo em diferentes regiões e aproveitando a concentração momentânea de pessoas em eventos ou em cidades turísticas.

A primeira marca a utilizar o conceito de pop-up store foi a Target, que em 2002 abriu um ponto de venda flutuante em um barco no rio Hudson, em Nova Iorque, por duas semanas. No exterior, este conceito de loja está bem difundido - e é aproveitado por grandes marcas - mas ainda é relativamente novo no Brasil. O conceito de pop-up store vem dando certo porque o hábito dos consumidores está mudando: eles adoram novidades e o fato de ser algo temporário desperta neles uma certa excitação, pois eles não sabem quando poderão encontrar aqueles produtos e experiências novamente e, em contrapartida, criam expectativas que a cada reabertura novos produtos serão oferecidos. Para marcas que não ainda não possuem um ponto de venda fixo, como aquelas que vendem somente por e-commerce, por exemplo, a pop-up store pode ser a primeira oportunidade de ter um contato pessoal com seu público - uma excelente oportunidade, porque, apesar dos consumidores comprarem cada vez mais pela internet, eles ainda sentem a necessidade de experimentar roupas e acessórios.

Para estruturar uma loja temporária, é preciso ficar atento a alguns pontos, como destaca Patrícia Cavassini, advogada especialista em varejo, em entrevista ao portal Canal do Franchising:

- Inove no layout e na experiência com o consumidor (música, tecnologias diferenciadas);
- Ofereça um mix de produtos diferenciados e inovadores;
- Invista em ações de marketing para divulgar seu negócio, seja um coquetel de abertura ou promoções surpresa. 
 
Quem investiu nas pop up stores foi a Maryssil, microempresa de Joinville (SC) especializada em moda praia e uma das 16 marcas de beachwear convidadas para expor seus produtos em uma pop-up store em Juan-Les-Pins, na Rivieira Francesa. A ação foi desenvolvida pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Associação Brasileira de Estilistas(ABEST) e Apex-Brasil com objetivo de promover a moda brasileira no exterior, que se destaca pelo seu corte diferenciado, criatividade no acabamento e materiais sofisticados na produção. Outras empresas, na área de acessórios e confecções, aproveitaram grandes eventos como o São Paulo Fashion Week para instalar pequenas lojas temporárias e assim ampliar seu público. 

Recomendações do SIS/Sebrae

Para ingressar no mercado de pop-up stores, o SIS/Sebrae recomenda aos empreendedores que: 
 
- Participem de eventos que tenham pop-up stores, para avaliar como as marcas se comportam neste tipo de formato de loja. No Brasil, alguns eventos e locais que incentivam a abertura de pop-up stores são: Pop-up Show Verão, em Salvador; Fashion Mall, no Rio de Janeiro e Über Trends, em Belo Horizonte;

- Avalie as épocas do ano onde há um maior número de consumo e estude a possibilidade de abrir sua pop-up store neste período;

- Conte com o apoio do Sebrae/SC para esclarecer possíveis dúvidas com relação a sua empresa. Veja alguns cursos e documentos que ele oferece: Design de loja, Como abrir uma loja virtual e Como abrir uma loja de roupas;

- Acesse outros conteúdos do Sistema de Inteligência Setorial, que podem ser úteis para o seu negócio no formato pop-up store, como Lojas colaborativas, Vitrines e Ações de marketing no ponto de venda.

Fonte: Dialetto - Assessoria de Imprensa | Foto: Divulgação